A literatura perde um de seus grandes baluartes da cultura nacional.
Com imenso pesar, a Diretoria da Academia Caxambuense de Letras anuncia o falecimento do nobre amigo e escritor Aníbal Bragança, que ocorreu na madrugada deste sábado, 05 de fevereiro, de 2022.
Neste momento de despedida, a Academia Caxambuense de Letras, presta homenagem póstumas e solidariza com todos os seus amigos e familiares, decretando luto oficial em nosso sodalício.
Aníbal Francisco Alves Bragança, era Bacharel em História pela Universidade Federal Fluminense (1975), mestrado em Ciências da Comunicação (Jornalismo e Editoração) pela USP - Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Ciências da Comunicação também pela Universidade de São Paulo (2001).
Ex- diretor da editora da Universidade Federal Fluminense - EdUFF . Por 20 anos trabalhou como livreiro em Niterói e foi um dos fundadores da Associação Nacional de Livrarias e da Associação das Livrarias e Papelarias do Estado do Rio de Janeiro
Estudioso do livro e da leitura no Brasil lançou recentemente Francisco Alves - O Rei do Livro -- EdUSP, e tem outros títulos como Livraria Ideal: do cordel à bibliofilia- EdUFF e Impresso no Brasil: dois séculos de livros brasileiros - Editora da Unesp.
Também foi coordenador geral de pesquisa e editoração na Fundação Biblioteca Nacional mas diz que o ofício de livreiro foi o que o deixou plenamente realizado: " nunca ganhei dinheiro com a livraria mas me considero um livreiro afortunado". Diz que em sua vida o livro foi o rei.
Além de dezenas de outras atividades acadêmicas de grande relevância, exerceu a coordenação nacional do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), da Fundação Biblioteca Nacional. Publicou livros e artigos em revistas acadêmicas no Brasil e em Portugal. Foi Secretário Municipal de Cultura, da Prefeitura de Niterói (1989-1990). Bragança recebeu algumas honrarias devido ao seu exaustivo trabalho de estudo, pesquisa e divulgação da história da letras, entre esses: título de "Intelectual do Ano 2007-2008", concedido pelo Grupo Mônaco de Cultura, título de Cidadão Honorário de Niterói, Medalha José Cândido de Carvalho e Medalha Professor Felisberto de Carvalho, todos concedidos pela Câmara Municipal de Niterói; recebeu também a Comenda de Honra ao Mérito, concedida pela Presidência da República Portuguesa. Bragança pertencia à Academia Niteroiense de Letras.