Acadêmico Correspondente Ignácio de Loyola Lopes Brandão
Filho de um ferroviário, seu primeiro trabalho informal de jornalismo foi em uma crítica de cinema no jornal A Folha Ferroviária, em 1952 mas, desde pequeno, Loyola sonhava conquistar o mundo com sua literatura; se não, pelo menos voltar vitorioso para sua cidade natal. Sua carreira começou em 1965 com o lançamento de Depois do Sol, livro de contos no qual o autor já se mostrava um observador curioso da vida na cidade grande, bem como de seus personagens. Trabalhou como editor da Revista Planeta entre 1972 e 1976.
Dono de um "realismo feroz", segundo Antonio Candido, seu romance Zero foi publicado inicialmente em tradução italiana. Quando saiu no Brasil, em 1975, foi proibido pela censura, que só o liberou em 1979. Além do italiano esse livro foi traduzido para o alemão, coreano, espanhol, húngaro e inglês.
Em 2005, virou cronista do jornal O Estado de S. Paulo.
Em dezembro de 2010 foi agraciado com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo.
Em março de 2019 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL).
Esportes
A Saga de um Campeão (1996 - sobre o São Paulo FC)
Contos e Crônicas
Depois do sol (1965)
Cadeiras proibidas (1976)
Pega ele, Silêncio (1976)
Obscenidades para uma dona de casa (1981)
Cabeças de segunda-feira (1983)
O homem do furo na mão (1987)
A rua de nomes no ar (1988)
Strip-tease de Gilda (1995)
Sonhando com o demônio (1998)
O homem que odiava segunda-feira (1999)
Calcinhas secretas (2003)
Não ficção
Manifesto Verde (1989)
Romances
Bebel que a Cidade Comeu (1968)
Zero (1975)
Dentes ao Sol (1976)
Não Verás País Nenhum (1981)
É gol (1982)
O Beijo Não Vem da Boca (1985)
O Ganhador (1987)
O Anjo do Adeus (1995)
A Altura e a Largura do Nada (2006)
Desta Terra Nada Vai Sobrar, A Não Ser O Vento Que Sopra Sobre Ela (2018)
Infanto-juvenis
Cães danados (1977). Reescrito e publicado como O menino que não teve medo do medo (1995).
O homem que espalhou o deserto (1989)
O segredo da nuvem (2006)
O Menino que Vendia Palavras (2008)
O Menino que Perguntava (2011)
Os olhos cegos dos cavalos (2015) prosa.
Viagens
Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida (1978)
O verde violentou o muro (1984)
Acordei em Woodstock: viagem, memórias, perplexidades (2011)
Biografias
Fleming, descobridor da penicilina (1973)
Edison, o inventor da lâmpada (1973)
Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (1974)
Ruth Cardoso - Fragmentos de uma Vida (2010)
Relatos autobiográficos
Veia bailarina (1997)
A morena da estação (2010)
Teatro
Zero (1992)
Tragédias Cariocas para Rir (1996)
A última viagem de Borges (2005)
Prêmios
Prêmio Especial do I Concurso Nacional de Contos do Paraná por "Pega ele, Silêncio" - 1968.
Melhor Ficção pelo romance Zero, Fundação Cultural do Distrito Federal - julho de 1976.
Prêmio Pedro Nava, da União Brasileira de Escritores e Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria "Melhor Romance", por "O Ganhador" - 1988.
Prêmio IILA, do Instituto Ítalo-Latino-Americano, pelo romance "Não verás país nenhum", publicado na Itália - 1984.
Prêmio Jabuti de (melhor ficção) pelo livro O Menino que Vendia Palavras - 2008.
O Menino que vendia palavras - Prémio Fundação Biblioteca Nacional, como melhor livro infanto-juvenil - 2007.
Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da sua obra - 2016.